Florestas e “Florestas Urbanas”: uma necessidade mundial

Sabemos que o mundo passa por uma grande crise ambiental, muito por ser reflexo dos sistemas econômicos atualmente empregados. O crescente desmatamento mundial contribui com a diminuição da biodiversidade, com o aquecimento global, com a propagação de doenças tropicais, além de gerar impactos climáticos em diferentes níveis geográficos. As florestas têm grande valor ambiental e econômico e são muito importantes na regulação da temperatura, no ciclo da água, no abrigo da biodiversidade, na preservação do solo, entre inúmeros outros fatores. As “Florestas Urbanas”, ou seja, o conjunto das árvores existentes no município em vias, APP’s, praças, áreas de lazer, áreas verdes, quintais e jardins, possuem papel fundamental na nossa qualidade de vida. Elas contribuem na retenção e estabilização dos solos, no amortecimento das chuvas, no balanço hidrológico; favorecem a infiltração da água, promovem sombra, influem no clima, sobretudo local, pois atenuam o calor emitido pelas estruturas urbanas, oxigenam o meio pela fotossíntese e contribuem na captura do gás carbônico, fornecem alimentos e matéria-prima, constituem ambiente natural para espécies animais, auxiliam na purificação do ar, absorvem poluentes atmosféricos, servindo de barreira física; minoram ruídos urbanos, aumentam a vida útil do asfalto e integram a paisagem urbana, agregando ganhos estéticos. Esses e tantos outros benefícios para a sociedade, incluindo questões de saúde física e psicológica, contribuem para a qualidade de vida de todos; o que faz com que tenhamos o dever de cuidar muito bem delas! A Arborização Urbana é fundamental e as árvores não devem ser vistas como transtornos ou imposições, mas como uma necessidade dentro do ecossistema urbano. Grande parte dos incômodos trazidos por elas são causados pela falta de planejamento, implantação e manutenção inadequada. Assim, não devemos mutilar as árvores com podas drásticas, sufocamento por concreto, corte inadequado de raízes, pois irão diminuir sua vida útil, sua beleza e aumentar o risco de quedas. Um plantio deve ser planejado, sobretudo nas calçadas, observando o “espaço árvore”, seguindo as recomendações técnicas adequadas para cada local e em conformidade com a legislação municipal; garantindo, assim, condições mínimas necessárias para o bom desenvolvimento da árvore a fim de podermos usufruir dos seus benefícios e diminuir os riscos de quedas, sempre respeitando as normas de acessibilidade. Dessa forma, planejamento, gestão e contínuo manejo são essenciais para o sucesso da arborização. É importante seguir o projeto de arborização do seu bairro. Na dúvida, procure a prefeitura de seu município, ela possui os projetos devidamente aprovados e, na falta deles, poderá orientar quanto ao planejado para a região. Na maioria das cidades existem cartilhas e legislação específica para a arborização das vias. Para essas e outra áreas, procure a orientação de profissionais devidamente habilitados e aptos a ajudá-lo. No sistema CONFEA/CREA são os Engenheiros Agrônomos e os Engenheiros Florestais.

Autor do Artigo: Eng. Agr. Alex Alves Moreira – Presidente da AEAP.

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